sexta-feira, 11 de outubro de 2013

A defesa de uma saúde 100% pública e a luta contra a EBSERH

Na manhã desta sexta-feira dia 11, a comunidade acadêmica e a sociedade em geral obtiveram uma vitória, que apesar de parcial, significa muito para a luta por uma universidade e um sistema de saúde públicos. A partir da construção de mobilização entre as três categorias da universidade, foi barrado o Conselho Universitário (CONSU) extraordinário que discutiria a proposta de adesão da UFSM à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH). 

Esta empresa pública de direito privado, proposta pelo governo federal para gerência dos HUs, significa uma real ameaça à autonomia da universidade e à vinculação dos HUs a princípios da formação acadêmica de nossos estudantes e do contato com a comunidade em geral, além disso significa uma privatização indireta dos hospitais universitários e a precarização das condições dos trabalhadores em saúde. 


Estiveram presentes, além do DCE, outras entidades, tais como Sedufsm, Assufsm, Assufrgs, Adufpel, UNE, CUT, CSP-Conlutas, Fasubra, Sintufsc. Após o cancelamento do conselho as entidades presentes no ato se reuniram e definiram um conjunto de ações para defender o HUSM 100% SUS e barrar a EBSERH. Uma das iniciativas é criar uma frente de defesa do HUSM com todas as entidades presentes no ato e aquelas que quiserem se somar a essa luta, além disso, foram encaminhadas outras ações como, convocar reuniões com a comunidade para esclarecimento da situação, usando para isso também, material de divulgação específico, solicitar a ocorrência de audiências públicas, seja em âmbito municipal ou estadual, promover reunião com o Ministério Público, entre outras medidas para mobilizar a população em torno dessa pauta e conseguir força para barrar a EBSERH na UFSM. 


Com a vitoria de hoje a discussão da EBSERH no Conselho Universitário ficou adiada para data a ser definida, o desafio que se coloca neste momento é a construção de debates massivos com toda comunidade acadêmica e sociedade em geral, no sentido de mobilizar e barrar a instalação desta empresa, que pode significar um imenso retrocesso na luta por saúde e educação públicas, democráticas e de qualidade para toda população, pautas históricas de todo movimento social da educação.