O oito de
março é o Dia Internacional da Mulher, mas diferente do que muitos acreditam
não é um dia de comemoração, mas sim de reforçarmos nossas lutas pela igualdade
entre mulheres e homens. As mulheres são historicamente oprimidas pela
sociedade machista e patriarcal na qual vivemos, onde recebem os menores
salários e são as que mais sofrem com a precarização do trabalho, seus corpos
são expostos na mídia como mercadorias junto às propagandas de carros e
cervejas. A violência contra a mulher também aponta altos índices.
As mulheres são as que mais sofrem com a mercantilização do corpo feminino e a ditadura da beleza. Aumenta-se cada dia mais a venda dos remédios para emagrecer, bem como para perder o apetite, limpeza de pele, hormônios e antidepressivos, fazendo com que a indústria farmacêutica seja a terceira mais lucrativa no país. Quanto aos produtos de beleza, são diversos e para todos os tipos de mulher, para alisar cabelo, para bronzeamento, para a pele e etc. A indústria de produtos de beleza também obtém grandes lucros, sendo o Brasil o quarto vendedor de produtos de beleza no mundo.
A educação
desde as series infantis até a universidade reproduz e reforça o machismo
presente em nossa sociedade. Ainda hoje vemos a separação das brincadeiras
entre “femininas” e “masculinas” entre as crianças, assim como na universidade
presenciamos trotes machistas, piadas de mulheres que não sabem dirigir e a
falta de assistência estudantil para as estudantes que são mães, como a
disponibilização de creches.
Sabemos que
muitos avanços foram conquistados pelo movimento de mulheres e que ainda há
muito para avançarmos. Por isso, é prioritário compreender que as relações de
gênero não são meramente uma questão biológica, mas que se dão por uma
construção social que determina a masculinidade e a feminilidade. A partir daí,
se estabelece papéis na sociedade e toda a desigualdade de gênero, que implica
no cotidiano de todos e todas.
É preciso colocar
nossas vozes em movimento por uma sociedade livre do machismo, onde a
educação sirva para a igualdade e autonomia das mulheres!
Saudações
feministas!
Mulheres do DCE UFSM