domingo, 12 de agosto de 2012

Bancada estudantil incide no Conselho de Ensino Pesquisa e Extensão para o adiamento do 2 ° semestre letivo

Nessa sexta feira, dia 10 de agosto, ocorreu à reunião do Conselho de Ensino Pesquisa e Extensão tendo como principal pauta de discussão finalização do 1º semestre, a recuperação das aulas e o início do 2º semestre. Depois de mais de seis horas de discussão entre os conselheiros o CEPE aprovou por 31 votos contra 15, a proposta de adiamento do segundo semestre letivo até o fechamento do primeiro para os Cursos de graduação. 

A bancada estudantil se posicionou a favor do adiamento, ressaltando que não se trata de direito ou não de greve, mas da necessidade da Universidade tomar uma decisão perante a situação em que esta se encontra, onde a maioria dos cursos não tiveram todas suas disciplinas concluídas. Prezar pela qualidade do ensino da pesquisa e da extensão, bem como a permanência dos estudantes na Universidade, para nós são princípios básicos que devem nortear os conselheiros, principalmente na hora de tomar decisões importantes como esta. Diante disso, alguns dos fatores levados em consideração pela bancada estudantil foram:
 - Apenas 14 cursos finalizaram todas as disciplinas enquanto 107 não, portanto apenas 14 estariam aptos a iniciar o segundo semestre.

 - Posição dos chefes de departamento, coordenadores de curso e diretores de centro, solicitada pela reitoria, onde a maioria se mostrou contrário ao início do segundo semestre.

- Dificuldades administrativas onde quase 50% dos diários não foram lançados e a categoria dos técnicos administrativos em educação permanece em greve.

- Os estudantes não disporem de RU e Biblioteca abertos o que dificulta a permanência de muitos na Universidade.

- Inviabilidade de infraestrutura, quadro docente e técnico, assim como a carga horária para estudantes cursarem as disciplinas do primeiro no transcorrer do segundo semestre. Ressaltando que, além das atividades de ensino, muitos estudantes realizam ainda outras atividades como as de pesquisa e extensão;

- Caso houvesse mais de um calendário corrente, isso significaria que alguns Cursos iniciariam suas atividades do segundo semestre enquanto outros nem sequer teriam data para retomar o primeiro. Isso traria dificuldades e fragmentaria a graduação visto que a maioria dos Cursos tem Disciplinas que são dadas por professores de diversos Departamentos, cujos professores poderiam estar em greve ou não. Também inviabilizaria os estudantes de cursar DCG em Cursos que ainda não iniciaram.

- Em caso de greve geralmente leva algum tempo para normalizar o calendário, nisso, se alguns cursos iniciarem agora em algum momento teriam que esperar para retomar um calendário comum, pois a probabilidade das aulas do primeiro semestre do ano que vem iniciarem no começo do mês de março, mesmo que a greve terminasse hoje, é muito pequena.

Mediante esta situação, do ponto de vista pedagógico, administrativo e de maior viabilidade para os estudantes e a Universidade como um todo, a melhor medida a ser tomada pelo CEPE foi o adiamento do início do segundo semestre para a graduação presencial até que as aulas do primeiro sejam concluídas. Casos específicos como dos estudantes formandos que passaram em concursos e por isso necessitam de diploma devem ser encaminhados para o CEPE.

E COMO FICAM OS CURSOS  DE PÓS-GRADUAÇÃO E ENSINO À DISTÂNCIA?
Os cursos de EaD e pós-graduação tem até o dia 15 de agosto para encaminhar ao DERCA manifestações informando se estão aptos e se desejam começar as atividades no dia 20 de agosto.  O não início da Pós – graduação não implica a perda ou trancamento de bolsas.