terça-feira, 1 de maio de 2012

Estudantes realizam a I Caminhada Ecológica em Frederico Westphalen

Do Blog do II ERA SUL

Estudantes da FEAB – Federação dos Estudantes da Agronomia do Brasil, ABEEF – Associação Brasileira dos Estudantes de Engenharia Florestal, ENEBio – Entidade Nacional de Estudantes de Biologia, bem como os Estudantes Secundaristas, o Movimento Estudantil e o Movimento dos Pequenos Agricultores – MPA organizaram-se na manhã desta segunda-feita, 30 de abril 2012, para a I Caminhada Ecológica de Frederico Westphalen com o lema: “Um novo mundo existirá se o construirmos!”. Estiveram presentes também a Escola Cardeal Roncalli e a Escola Estadual de 1º Grau Cons Edgar Marques de Mattos, do município. 

O objetivo é mostrar para a sociedade quais são as questões que giram em torno do uso abusivo de agrotóxicos nos alimentos, onde cada brasileiro consome em média 5,2 litros de agrotóxicos por ano, dados este da ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Por meio desta interatividade com a mesma, foi possível explanar um pouco daquilo que está sendo abordado nesses 4 dias do II ERA Sul, de que não estamos isentos de, todos os dias, ingerirmos agrotóxicos em nossa alimentação. Por isso, se faz necessária a discussão da Agroecologia como uma Ciência e também como um modo de vida. 

A ideia da I Caminhada Ecológica surge da necessidade de debatermos e mostrar para sociedade que a juventude está interessada e que tem conhecimento do que está acontecendo, a caminhada teve o enfoque de denunciar a problemática dos agrotóxicos, teve como principal objetivo debater isso e levar para a sociedade. Para que possamos debater novas formas de produção, que sejam saudáveis, viáveis e sustentáveis. “O contato se deu no decorrer do planejamento do II ERA Sul e fomos bem recebidos por toda a direção, apoiando a iniciativa e liberando os alunos para que viessem participar, e vieram em grande número, isso mostra a boa aceitação e conseguindo debater sobre o tema com as escolas”, destaca o acadêmico do Curso de Engenharia Florestal e militante da ABEEF, Marcos Lazzaretti. 

Para a professora de português da Escola Cardeal Roncalli, Marlei Piccin, “este é um bom trabalho que dever ser feito, apoiado e valorizado, destacando os males que os agrotóxicos trazem para a saúde humana. A conscientização deve ser feita desde pequenos e isso é o papel da escola, contribuir com a formação e conscientização das crianças”. A caminhada foi o ponto inicial o 1º passo para nós estarmos iniciando este debate nas escolas públicas e na Universidade, trazendo a problemática do “veneno na mesa” para que possa ser discutido e debatido, pois não adianta esconder, e, ao longo deste debate, começar a levantar alternativas, construindo uma nova forma de agricultura, que é a Agroecologia, destaca a comissão organizadora do evento. 

A caminhada teve uma boa repercussão com mais de 450 estudantes, onde foi possível realizar o diálogo com a sociedade com a entrega de mudas e sementes. “Tem que ficar claro que é essa a realidade que está dada, também somos responsáveis por isso, pois no modelo atual de produção, não somos só consumidores, mas também somos responsáveis por construir uma nova alternativa, para isto não se agravar ainda mais, nós jovens temos essa responsabilidade de pensar novas alternativas e trazer este debate para dentro da Universidade”, conclui Marcos Lazzaretti.