quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Nota de Esclarecimento Público para o Jornal A Razão

Também disponível no blog da ocupação:

Na edição do Jornal da A Razão de hoje, dia 06 de Setembro de 2011, a ocupação da Reitoria da UFSM foi tratada na manchete de capa como um movimento que “já passou dos limites”. Na reportagem, no interior do jornal, foi colocado que os estudantes “expulsaram” o repórter e o fotógrafo do Jornal, o que não aconteceu. Em função disto, enviamos uma nota ao Jornal que publicamos abaixo na íntegra.

NOTA DE ESCLARECIMENTO PÚBLICO

Santa Maria, RS – 6 de setembro de 2011

Cremos que a gestão da universidade não vem cumprindo com seu papel de forma eficiente, principalmente no que tange a contratação de novos professores e técnico-administrativos e a melhoria da infraestrutura e da assistência estudantil – demandas históricas e de inegável deficiência na atual expansão da Universidade. Por isso, em Assembleia Geral dos Estudantes, na última quinta-feira, dia primeiro de setembro, decidimos pela ocupação pacífica e organizada do prédio da Reitoria da Universidade Federal de Santa Maria.

Nosso movimento é legítimo, pois se trata de um prédio público, onde o povo tem a liberdade e o dever de exigir respostas daqueles que lidam com os recursos públicos. Somos todos estudantes e, como tais, zelamos pelo patrimônio desta que é também nossa Universidade. Julgamos que o fechamento da entrada principal fosse necessário, pois, mesmo que cobremos – já há anos – atitudes concretas com respeito a pautas que têm sido colocadas em segundo plano, a Reitoria não se dispôs a negociar efetivamente.

Ressaltamos, no entanto, que a entrada principal não é o único meio de acesso ao prédio, havendo duas outras entradas, que foram fechadas por decisão do próprio vice-reitor, Dalvan Reinert. Destaca-se que ontem, dia 5 de setembro, foi decidido que haveria reunião às 16 horas- com a comissão da reitoria incumbida de negociar- mesmo com a ciência da Reitoria sobre o fechamento parcial da entrada principal conforme consta em ata, assinada pelas duas comissões designadas para a negociação.

Organizamos uma Comissão de Ética que analisará a entrada de pessoas envolvidas em demandas urgentes, como, por exemplo, as do Hospital Universitário e as relacionadas às licitações necessárias para o atendimento às propostas do movimento. Nesse ínterim, entendemos que a mídia não deva tampouco ter acesso ao prédio, pois, como vimos na edição do jornal A Razão do dia de hoje, a imprensa em geral não tem tratado o assunto de forma minimamente imparcial.

A Comissão de Negociação formada é mediadora, salientando-se que todas as decisões, incluindo a manutenção da ocupação, cabem, portanto, a todos os estudantes aqui presentes. Ratificamos, assim, que permaneceremos ocupando o prédio até que a Reitoria apresente um projeto que contemple todas as reivindicações, que, afinal, são de toda a comunidade universitária.

Saudações estudantis,

Assembleia Geral de Ocupação